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23 de mar. de 2021

Batalha contra o Sedenterismo: Todos Juntos

Costumo dizer às pessoas que quem não busca a atividade física por hábito, por prazer, cedo ou tarde terá de procurá-la por necessidade, uma vez que o exercício além de capaz de promover saúde, é ainda indispensável no tratamento de diversas doenças crônicas e degenerativas.


Alguns órgãos governamentais começam a tratar o sedentarismo com maior seriedade observando o impacto econômico resultante das doenças e agravos relacionados à inatividade física. Uma população adoecida produz menos, se ausenta demais do trabalho, é mais dependente de médicos, medicamentos e susceptível a internações e cirurgias. No Brasil, estima-se que cerca de 1 bilhão de dólares seriam economizados caso o sedentarismo fosse reduzido em 50%(1).

 
Embora exista uma recomendação padrão proposta pela OMS de 150 minutos de atividade física moderada por semana como suficientes para gerar benefícios em saúde, a própria Organização Mundial de Saúde reconhecendo a dificuldade das pessoas em alcançar essa meta flexibilizou esse número para 75 minutos semanais numa intensidade mais vigorosa, para alcançar os mesmos benefícios(2). 

Ainda assim, essa 'dosagem' parece longe de ser seguida à risca. Como a gestão do tempo parece ser um grande entrave para aderência à pratica regular do exercício físico, diversas outras alternativas tem surgido e vem sendo estudadas trazendo resultados favoráveis para a saúde, como os treinos intervalados de alta intensidade(3), cujas sessões duram 4, 7, 12 minutos, além de opções de fracionar o treino em pequenas sessões ao longo do dia. Tudo isso aliado a iniciativas voltadas para adoção de hábitos de vida saudáveis, envolvendo atividades física, gasto energético e reeducação alimentar.
 
Nesse sentido, tem surgido experiências bastante  exitosas estimulando a população para hábitos saudáveis, como os circuitos de corrida e bike, as ciclovias e ciclofaixas, a criação de espaços de lazer itinerantes, requalificação de espaços públicos, as academias públicas ao ar livre e programas públicos de atividade física (Academia da Saúde, CuritibAtiva, Programa Academia da Cidade, para citar alguns).

As tecnologias tem acompanhado essa tendência e inúmeros tem sido aos aplicativos que surgem voltados para exercício físico, personal trainer e nutricionista online, etc. Vale consultar e se informar com profissionais sobre a qualidade e utilidade dos mesmos. Uma experiencia bastante interessante em Londres resultou na criação de um app (Active10), ao observar que apenas 10 minutos de uma caminhada rápida eram capazes de proporcionar resultados satisfatórios na condição de saúde.

Empresas privadas, também de olho na saúde e produtividade de seus funcionários também tem embarcado nessa tendência e hoje vão além daquela ginastica laboral muitas vezes mal conduzida e tampouco valorizada pelo empregado. Empresas tem investido na criação de espaços fitness, tem realizado parcerias com academias, tem incentivado e recompensado pelo não uso do carro, perda de peso, ou alcance de metas relacionadas a hábitos saudáveis(4,5).

Muitas vezes tais iniciativas partem dos próprios funcionários. E são ideias interessantes, que se acompanhadas por profissionais podem ter resultados bastante animadores, além de fatores como integração, motivação, e reconhecimento da empresa, estimulam os empregados e melhoram a imagem da companhia. O mesmo tem ocorrido em condomínios residenciais, e a existência de espaços fitness, academias, áreas de lazer e quadras esportivas acabam por ser diferencias importantes na hora de realizar a compra do imóvel(6,7).

Toda iniciativa em busca de recuperamos o status de seres fisicamente ativos devem ser valorizadas e melhor exploradas. As opções tem sido cada vez mais variadas e flexíveis para ambientes diversos, cabe as organizações, instituições e entidades interessadas escolher a que melhor se adequar, e, assim, será possível retomar patamares mais saudáveis para a população.


REF:


(1) BUENO, D.R.et al. Os custos da inatividade física no mundo:estudo de revisão. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2016, vol.21, n.4, pp.1001-1010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232016000401001&script=sci_abstract&tlng=pt
(2) Recomendações da OMS dos níveis de atividade física para todas as faixas etárias. Disponível em: http://www.saude.br/index.php/articles/84-atividade-fisica/229-recomendacoes-da-oms-dos-niveis-de-atividade-fisica-para-todas-as-faixas-etarias
(3) DEL VECCHIO, F. B. et al. Aplicações do exercício intermitente de
alta intensidade na síndrome metabólica
. Rev. Bras. At Fís. e saúde. V18, n.6, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/view/3302/pdf129
(4) Empresas incentivam a prática de atividades físicas http://www.maisequilibrio.com.br/fitness/empresas-incentivam-a-pratica-de-atividade-fisica-3-1-2-128.html
(5) Funcionários de empresa chinesa ganham recompensa por perder peso.
http://f5.folha.uol.com.br/voceviu/2017/05/funcionarios-de-empresa-chinesa-ganham-recompensa-por-perder-peso.shtml
(6) Cresce importância do fitness nos condomínios...
http://www.direcionalcondominios.com.br/sindicos/materias/item/2089-cresce-importancia-do-fitness-no-condominio-sindicos-apostam-na-revitalizacao-das-academias.html
(7) Cresce a prática de exercícios em academias de condomínios 
http://odia.ig.com.br/imoveis/2017-06-04/cresce-a-pratica-de-exercicios-em-academias-de-condominios.html

14 de mar. de 2021

Exercício no ambiente de trabalho

Desnecessário seria gastarmos tempo falando de todos os benefícios do exercício físico para a nossa #saúde. Porém, embora tenhamos acesso facilitado a essa informação, um grande número de pessoas ainda não tomou a iniciativa de iniciar um programa de atividades físicas de maneira efetiva. Para #empresas, investir em atividade física, significa ter um funcionário mais saudável e produtivo (o que também significa melhor retorno financeiro), mas além disso: as atividades, quando oferecidas no próprio ambiente profissional, significam melhor #qualidadedevida pessoal e de trabalho, uma vez que promove maior integração entre colegas, melhora a imagem da empresa junto aos funcionários, o que implica maior adesão do funcionário, reduz absenteísmo, consultas emergenciais, até mesmo aposentadorias precoces e todo o custo financeiro destas intercorrências.


Embora algumas empresas tenham atentado para isso, muitas ainda o fazem sem o devido cuidado, o que termina por não surtir o efeito desejado, às vezes até mesmo contrariando o empregado ("Putz, lá vem aquela chatice de #ginásticalaboral, Não aguento isso!!!" - dizem alguns funcionários, que buscam meios para fugir da intervenção mal planejada).


Não basta simplesmente chamar/obrigar o indivíduo a fazer a atividade de forma tão simplória. Ouvir os interesses desses e buscar atender na medida do possível é primordial, oferecer tempo, espaço e ambiente adequados para isso também. Por vezes, o que vemos é uma 'ginástica laboral' mal conduzida (incrivelmente há casos em que sequer é um professor de educação física no comando!), na própria sala de trabalho, por 10 ou 15 minutinhos de alongamentos, num horário fixo, o que não satisfaz muita gente.


Por que não, investir num ambiente próprio para ofertar atividades mais variadas (não precisa ser uma academia toda equipada, não!). Por que não dar uma flexibilidade de horário; Por que não oferecer algum tipo de incentivo/recompensa àquele que se dedica a cuidar da saúde? E por que não complementar as intervenções em atividade física com orientações em saúde, levando outros especialistas periodicamente para cuidar dessas pessoas? Isso sim, seria demonstrar preocupação com o #bem_estar de seus integrantes, não apenas "cumprir uma obrigação".


As possibilidade são mais variadas do que se imagina. Conversando com profissionais da área é possível planejar intervenções adequadas e que tragam retorno positivo para empresa e seus colaboradores. Leve a sugestão à sua empresa, você patrão, avalie possibilidades junto aos parceiros e faça de sua empresa um exemplo em saúde do trabalhador. Faça seu colaborador gostar de trabalhar com você!

20 de fev. de 2021

LER/DORT e Atividades físicas

Conhecidas popularmente como Lesões por Esforço Repetitivo (LER), tem-se adotado mais recentemente a sigla DORT, que significa Distúrbios Osteomusculares relacionados ao trabalho.
Quadros simples de dor passageira, até lesões e doenças de difícil tratamento estão incluídas. A causa em comum desses distúrbios são as atividades laborais (relacionadas ao trabalho).

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FATORES DE RISCO
- Repetitividade; Esforço Físico Excessivo; Posturas Inadequadas; Trabalho por período prolongado em posições estáticas; Estresse; Maus hábitos de vida.


SINTOMAS e DOENÇAS RELACIONADAS
Geralmente costuma-se classificar a DORT em 4 graus de intensidade/gravidade, indo desde a acometimento simples sem grandes consequências a dores severas e incapacitantes. Desse espectro se encaixam quadros de caráter agudo ou crônico como as lombalgias, cervicalgias, tendinite e bursite, que exigem atenção e tratamento adequado


CONSEQUÊNCIAS
Quando não ocorre o tratamento de forma satisfatória, as dores e inflamações podem se agravar a ponto de incapacitar as pessoas para o melhor desempenho no seu trabalho e atividades diárias. Causando sofrimento, perda de produtividade, afastamento, aposentadoria precoce, além de situações de impacto mental e social, como isolamento, crises de ansiedade e depressão.


PREVENÇÃO
É fundamental controlar os fatores de risco. Para isso, é importante o melhor diálogo entre empresa empregadora e empregados, no sentido de minimizar atritos e oportunizar condições adequadas para o desempenho das atividades, consequentemente proporcionando um ambiente sadio de trabalho. Essa
atenção, passa por uma (re)organização institucional-funcional, em que seja evitada a sobrecarga de funções, horários adequados incluindo intervalos para descanso, metas alcançáveis, além de cuidado com ergonomia do ambiente de trabalho (móveis, utensílios, objetos e ferramentas adequadas e em bom estado de manutenção); Por fim, ter como conduta da empresa a execução de programas educativos, que oportunizem aos funcionários informação constante e atualizada, inovação em questões de saúde e ambiente saudável de trabalho.


EXERCÍCIO É SAÚDE
No combate as LER/DORT, a prática regular de exercícios físicos é indispensável. Tal afirmação é ainda mais verdadeira quando temos que nossa população está, em sua grande maioria, acima do peso ideal e sabendo que a obesidade é um fator importante para o surgimento de doenças, inclusive causa de agravamento das doenças laborais.
Algumas atividades são bastante recomendadas para quem já possui ou busca prevenir o surgimento das LER/DORT:
- Musculação/Treinamento de Força;
- Exercícios Funcionais;
- Alongamento/ioga/pilates;
-Hidroginástica
Além desses, manter hábitos saudáveis, que incluam outras atividades físicas e/ou esportivas são importantes para a manutenção da saúde física e mental.
Valorizar o lazer, o descanso (sono) e uma alimentação saudável são outras dicas valiosas.

E a GINÁSTICA LABORAL?

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Em muitos postos de trabalho são oferecidos aos funcionários programas de ginástica laboral, normalmente com o intuito de oferecer alguma atneção à saúde dos colaboradores de forma que a produtividade dos mesmos possa ser incrementada, bem como manter um clima organizacional mais estável. Costuma ter bons resultados, especialmente quando as atividades são bem conduzidas por profissionais especializados. Infelizmente também são comuns casos em que a ginástica laboral não é bem compreendida pelos funcionários e para piorar, por não ser adequadamente planejada e operacionalizada, termina por ser mais uma obrigação entediante do que um momento descontraído de cuidado com a saúde.

A ginástica laboral, afinal, vai bem além de uma mera sessão de alongamentos e relaxamento. Ela pode mesmo envolver exercícios mais intensos, sessões de treino mais bem elaboradas, orientações em saúde, atendimento multidisciplinar com outros profissionais da saúde atuando visando a promoção da saúde de forma mais abrangente.

Porém, é preciso que haja alguma estrutura para oferecer um serviço realmente eficaz. Ter um espaço adequado, evitando improvisos, bem como local adequado para oportunizar o funcionário uma troca de roupas e banho também vai auxiliar que os mesmos participem de forma mais confortável das atividades.