13 de nov. de 2012

Malhar tudo, todos os dias...

É possível trabalhar todos os grupos musculares todos os dias?

Sim, alguns atletas correm, pulam, pedalam, chutam todos os dias. Você no seu trabalho digita, caminha, carrega peso todos os dias. Em casa, varremos, lavamos, passamos, subimos escadas, todos os dias também. Em todas essas tarefas há esforços físicos (algumas vezes intensos) de grandes e variados grupos musculares. Trabalhando conjuntamente com poucos dias (ou nenhum) de intervalo. Nem por isso os resultados dessas tarefas fogem a um padrão mínimo aceitável.
E por que não utilizar-se dessa ideia na nossa rotina de treinamento? Não se trata de nenhuma metodologia nova, embora tratado ainda como tabu por alguns profissionais da área. Persiste ainda a convenção de conceitos de treinamento tipo AB ou ABC, com foco em 2 ou 3 grupos musculares por dia, alternados com outros 2 ou 3 grupos em outro dia, respeitando-se religiosamente 24 ou 48h no mínimo de intervalo para a recuperação dos grupos musculares. Em sua academia você já deve ter ouvido que devia “puxar num dia e empurrar em outro”.
Estes métodos não estão errados, até por que se utilizam de importantes princípios do treinamento. Porém há diversas outras técnicas na montagem de programas de treino utilizando-se de princípios não menos importantes. Aliás, o engessamento dos programas de treino é um dos fatores de afastam o aluno (especialmente as mulheres) das salas de musculação, por pura monotonia, além do risco de lesão causado pela repetição de movimentos por tempo prolongado.
É possível trabalhar vários grupos musculares, sem, contudo cair na mesmice de treinos sempre iguais. É mais um artifício de variação do treino que pode ser utilizado tanto em iniciantes, ou por pessoas mais experientes. Com base sempre nos objetivos do aluno, é necessário estabelecer os limites (de tempo, volume e intensidade) dessa prática. Para assim fazer normalmente sugiro exercícios diferentes a cada dia. Um treino NUNCA será igual ao seguinte. As cargas são reduzidas num primeiro momento sendo elevadas gradualmente em alguns exercícios. Estabeleço em média 4 a 6 semanas para este tipo de treino, nada impedindo um pouco mais ou menos que isso, dependendo dos objetivos do aluno e como o mesmo se adapta a esse método.
Outras formas de se trabalhar quase todos os grupos musculares é usar de circuitos dos mais variados, o que permite ainda mesclar exercícios aeróbicos, isométricos, pliométricos, entre outros. Isso é basicamente o que se pratica nas aulas de treinamento funcional tão em moda nos dias atuais.
Portanto, ainda que o treinamento envolva disciplina, sacrifícios, e um certo rigor para alcançar resultados, nada obriga que o treinamento seja maçante e desmotivador. Ao contrário, essa quebra de rotina pode ser o ponto crucial que dará um salto de qualidade nos treinos, auxiliando o aluno a chegar aos seus desejados objetivos.




imagens disponíveis em guiafitness.com e escolafitness.com

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