Sim, alguns atletas correm, pulam, pedalam, chutam todos os dias. Você
no seu trabalho digita, caminha, carrega peso todos os dias. Em casa, varremos,
lavamos, passamos, subimos escadas, todos os dias também. Em todas essas
tarefas há esforços físicos (algumas vezes intensos) de grandes e variados
grupos musculares. Trabalhando conjuntamente com poucos dias (ou nenhum) de
intervalo. Nem por isso os resultados dessas tarefas fogem a um padrão mínimo
aceitável.
E por que não utilizar-se dessa ideia na nossa rotina de treinamento?
Não se trata de nenhuma metodologia nova, embora tratado ainda como tabu por
alguns profissionais da área. Persiste ainda a convenção de conceitos de
treinamento tipo AB ou ABC, com foco em 2 ou 3 grupos musculares por dia,
alternados com outros 2 ou 3 grupos em outro dia, respeitando-se religiosamente
24 ou 48h no mínimo de intervalo para a recuperação dos grupos musculares. Em
sua academia você já deve ter ouvido que devia “puxar num dia e empurrar em
outro”.
Estes métodos não estão errados, até por que se utilizam de
importantes princípios do treinamento. Porém há diversas outras técnicas na
montagem de programas de treino utilizando-se de princípios não menos
importantes. Aliás, o engessamento dos programas de treino é um dos fatores de
afastam o aluno (especialmente as mulheres) das salas de musculação, por pura
monotonia, além do risco de lesão causado pela repetição de movimentos por
tempo prolongado.
É possível trabalhar vários grupos musculares, sem, contudo cair na
mesmice de treinos sempre iguais. É mais um artifício de variação do treino que
pode ser utilizado tanto em iniciantes, ou por pessoas mais experientes. Com
base sempre nos objetivos do aluno, é necessário estabelecer os limites (de
tempo, volume e intensidade) dessa prática. Para assim fazer normalmente sugiro
exercícios diferentes a cada dia. Um treino NUNCA será igual ao seguinte. As
cargas são reduzidas num primeiro momento sendo elevadas gradualmente em alguns
exercícios. Estabeleço em média 4 a 6 semanas para este tipo de treino, nada
impedindo um pouco mais ou menos que isso, dependendo dos objetivos do aluno e
como o mesmo se adapta a esse método.
Outras formas de se trabalhar quase todos os grupos musculares é usar
de circuitos dos mais variados, o que permite ainda mesclar exercícios
aeróbicos, isométricos, pliométricos, entre outros. Isso é basicamente o que
se pratica nas aulas de treinamento funcional tão em moda nos dias atuais.
Portanto, ainda que o treinamento envolva disciplina, sacrifícios, e
um certo rigor para alcançar resultados, nada obriga que o treinamento seja
maçante e desmotivador. Ao contrário, essa quebra de rotina pode ser o ponto
crucial que dará um salto de qualidade nos treinos, auxiliando o aluno a chegar
aos seus desejados objetivos.
imagens disponíveis em guiafitness.com e escolafitness.com
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